Gente feliz o tempo todo me cansa. Sabe aquelas pessoas que são sempre simpáticas, esfuziantes e se denominam Alto astral? Isso não pode ser normal. Sempre que uma pessoa chega em mim e diz que  é alto astral e de bem com a vida, eu sempre penso - aham, aham, a pessoa chega em casa e toma 2 Prozacs a cada 2 horas e trabalha fazendo aquelas risadas do Zorra Total, é claro!!! Aliás, uma pessoa que consegue rir do Zorra Total e todos os seus derivados realmente não pode servir como parâmetro de uma felicidade saudável. O nome disso é Prozac!

Pessoas boazinhas me cansam. Sabe aquelas pessoas que sempre tem uma palavra amável para todos? Se a pessoa consegue falar bem até da ex amiga que pegou seu ex namorado dentro da sua casa, transando em cima dos seus lençóis, ela não pode servir de parâmetro de um altruísmo. A pessoa é babaca, chifruda e tem péssima escolha pra amigos e namorados logo, não pode ser digna da minha confiança!
 Mas gente amarga também me cansa. Porque gente amarga tem um superego tão grande. Sim, porque ela pensa que o mundo todo gira ao seu redor e que tudo acontece por causa dela, mesmo que seja algo ruim. A pessoa pensa que o horário de verão foi estipulado logo naquele dia porque o universo sabia que no dia seguinte ela teria aquela reunião importante e não conseguiria acordar a tempo. A lei de Murphy foi feita em cima de análises da sua vida!
As vezes eu consigo ver o lado bom das pessoas, mas cortaria o pau de algum namorado que me traísse com alguém em cima dos meus lençóis. As vezes coisas ruins me acontecem, mas nem acredito em lei de Murphy, prefiro imaginar a sua variável, Lady Murphy, uma velha cocoroca com uma bengala batendo na cabeça de todo o mundo.
E o Prozac me faz tão bem..Mas eu também quero (e consigo, até porque arrumar uma receita azul não é algo fácil)  poder fazer isso por mim mesma..
E por favor, enfiem seu Alto astral no cú!

Depois de um longo período de hibernação, eis que meus dedos despertam numa fome ávida de dedilhar tudo o que se passou nesse tempo todo que fiquei longe daqui. No  meu último post antes da hibernação, descrevi o fim do fim do fim daquela história que virou tema central desse blog, eu precisava viver para além do que me corroía, e foi o que fiz.

Sai muito, entre uma estudada e outra na faculdade, conheci gente, gostei de pessoas, comecei relacionamentos, terminei relacionamentos, alimentei amizades, afastei de outras e os dias foram passando.
E só!
Só? Será que toda uma vida longe pode ser resumida em duas linhas de frases soltas? Pode, não porque não foi divertido, até foi, mas fora isso ou aquilo, minha avidez ainda não foi saciada. O que me arrebata eu ainda não sei, talvez meu olhar sobre tudo esteja estrábico e eu não consiga perceber que viver tem a ver com os pequenos fatos da vida, mesmo que pareçam simples mas seja isso, somente isso. E essa minha espera angustiada por algo grande seja em vão, a vida está nos detalhes, está?
Eu me sinto só, mas me sinto bem..Talvez seja pra ser assim mesmo..