Tava sem total inspiração pra escrever mas uma vontade louca de dizer algo. Então comecei a fazer o que sempre faço, começar a escrever e ver no que dá. Escrevi um parágrafo, apaguei. Outro, apaguei de novo, mais um, ficou uma merda. Parei de tentar, fui reler o que já havia escrito nesse blog, daí eu reparei: Nossa, isso aqui é uma bagunça! Uma hora falo de uma coisa, no próximo post já estou discordando totalmente, um outro tento ser engraçadinha, o posterior é totalmente depressivo. Mas será que eu sou mesmo essa pessoa tão inconstante? Se isso aqui fosse pra ser um livro, ninguém entenderia. Mas o que será que ela ta reclamando agora? A que ela está se referindo? Mas ontem ela tava feliz, há 5 minutos atras ela tava fazendo graça de uma situação, derrepente ela parece ser pseudo-intelectual discursando sobre seus achismos políticos engajados (todos pseudos), então ela se descreve como uma mulherzinha neurótica as voltas com as suas inseguranças nos homens, pra logo depois parecer ser muito bem resolvida.
Um ex meu uma vez deu uma passadinha por aqui dizendo que veio ver se me lendo ele conseguiria me entender um pouco, fiquei muuito preocupada mas resolvi não demonstrar, afinal se o blog é público eu tenho que pagar por isso e segurar as pontas do que podem pensar sobre o que eu escrevo aqui, certo?!
Mas o comentário dele me foi completamente surpreendente ( mas surpreendente ainda vindo de quem veio..) -"Nossa Mari, é você mesmo que escreveu todos os posts? Porque parece ser uma Mari completamente diferente em muitos pontos do que eu conheço pessoalmente. Você parece ser tão segura, sempre tão voluntariosa, quem é aquela pessoa com tantas dúvidas?" - Dai eu pensei: Bom, pelo menos fora daqui eu consigo disfarçar melhor! ( apesar que com a pessoa em questão eu não tinha lá muitas dúvidas que me dessem insegurança..)
Essa enrolação toda dai de cima, foi pra chegar num ponto..
Tive um ótimo fim de semana..Daqueles pra se lembrar mesmo depois do fim (nãaao!)
Eu era toda sorrisos, toda meiguinha, com toques aqui e ali de comentários sarcásticos pra não bancar muito  apaixonadinha, pra esconder o quanto tudo aquilo estava sendo importante pra mim. ( e sei lá porque eu tenho que esconder, mas todos os manuais femininos dizem pra nunca demonstrar tanto, ouço sempre que "mulher não pode ter tanta certeza de nada se não ela abusa", bom, eu penso, já que ele age assim, melhor eu fazer o mesmo com ele.) Então, quando eu finalmente chego em casa, entro no meu quarto, minha mente começa a me torturar. Será que eu fiz algo de errado Não devia ter falado isso, devia ter feito aquilo, maldito vinho, maldito 2° vinho (tendo a botar a culpa na bebida como forma de desculpar a mim mesma), agora vou bancar a "to nem ai!", vou me afastar essa semana, vou vou vou..
Aiiiiiii! Resolvi tirar minha mente da tomada de uma vez. Porque desligar simplesmente no botão não basta!

Fora essa minha insegurança maldita, tudo foi perfeitinho..
E eu sei que é exatamente isso que me faz errar algumas vezes..E isso é tão bobo, tão imaturo, sabe aquilo que a gente sabe mas acaba fazendo mesmo assim? Aff..Burrice!
Easy Mari..Ok!

Então tudo que você pensava que era e que não era mais muda de um dia pro outro..
Então todas as resoluções que você tomou, muda com um simples convite.
Dai você começa a pensar: Por que? Por que? Por que??
Eu fico imaginando conversas e respostas agradaveis.
Dai na hora H eu penso: Vou falar!
Minha lingua enrola.
Eu vejo um sorriso calmante.
Minhas dúvidas se vão todas..Pra que complicar?
Odeio quando não decifro.
Livro fechado! E quando um livro é novo eu nunca me contive, sempre dei uma olhadinha no final pra saber o que me espera..
Preciso de spoilers pra me situar
Ao menos um trailer antes do filme pra eu saber se vai ser de terror ou comédia romântica.
Dessa vez eu não sei de nada.
O que ele não fala minha boca também cala..
Porque é muito cedo..Minha cabeça balança em concordância.
Mas eu preciso de um trailer antes de pagar a entrada do cinema..

Fico insegura..

Essa semana foi cercada de polêmicas no setor acadêmico. A VEJA publicou uma reportagem bombástica (e um tanto quanto duvidosa) à respeito das reservas indigenas e quilombolas. Meus professores, como não poderia deixar de ser, demonstraram sua indignação quanto ao que foi dito pela revista. Segue abaixo o link da matéria, o email que recebi sobre e meu humilde email em resposta ao meu professor de antropologia:


(Email e link com a matéria, respostas, réplicas e tréplicas)

Prezad@s,
A Revista Veja publicou, em sua edição 2163, artigo intitulado "A Farra da Antropologia Oportunista". Mais uma peça da já longeva campanha da grande imprensa contra as políticas de reconhecimento dos direitos territoriais de minorias étnicas, a matéria vem a público no momento em que Cezar Peluso, ministro do STF, distribui para julgamento seu relatório da ADIn 3219, que questiona o decreto nº 4887/2003, considerado um avanço na política de garantias territoriais para comunidades quilombolas.

O NAPP reúne, neste dossiê, a íntegra da matéria da Veja, as respostas dos antropólogos Mércio Gomes e Eduardo Viveiros de Castro, citados pela revista, a réplica da revista a Viveiros de Castro e sua tréplica, e as notas da ABA e de sua Comissão de Assuntos Indígenas. Disponibiliza, ainda, os textos de Eduardo Viveiros de Castro (citado pela Veja em sua réplica), de Kelly Oliveira, em comentário à matéria, de André Videira de Figueiredo, sobre o tratamento da questão quilombola pela grande imprensa brasileira, bem como a análise da matéria jornalística feita pelo blog Savoir-Faire. Ao final, anexamos o dossiê Imprensa Anti-Quilombola, produzido pelo Observatório Quilombola, de Koinonia.



O Dossiê está disponível em http://sites.google.com/site/nappufrrj/dossies/revista-veja


(Meu email de resposta)

Li a reportagem da VEJA com o coração limpo de quaisquer opinião pré formada com o assunto e a revista. E tenho que admitir que dessa vez ATÉ eu fiquei chocada com a forma com que essa revista expos sua opinião quanto ao tema. Resposta e tréplica impecavel do prof Viveiros de Castro. VEJA realmente usou e abusou de artificios jornalisticos para nos fazer crer que tais palavras tinham realmente saido da boca do professor. Porém (sempre tenho um porem..) De todas as respostas publicadas pelos diversos orgãos/entidades ou o que for que rebateram tal reportagem, ainda me ficou a dúvida de ambos os lados, tanto quanto o que a revista afirma e usa como artificio de prova, fotos e supostos depoimentos de tais beneficiados e quanto dos que rebateram, em especial a ABA que enaltece seus antropólogos mas não desmente um a um tais supostos depoimentos sobre cada um dos locais citados.
Não tenho a intenção de retificar o que a VEJA afirma, até porque não tenho opinião formada e embasada para tanto ainda (tentando colocar meus gostos e preferências de forma imparcial no caso), mas algumas coisas que ela afirma me chamaram a atenção. (o que também me causa muita dúvida devido ao que ela fez, de colocar "palavras na boca" de Viveiros de Castro de forma descarada) mas ainda sim, me causam coceirinhas de dúvidas.
- Quanto ao que ela afirma de ter 77% do território ocupado com reservas ( esse numero me causou mt estranhamento)
- Quanto aos antropólogos que fazem laudos serem de ongs desses mesmos locais ( não podemos ser ingênuos e  descartarmos corrupção)
- Quanto a locais de assentamento de reforma agrária serem desapropriados pelas reservas.
- Quanto a desapropriação de fazendas em atividade e empresas que geram lucro e emprego para os cidadãos locais.
- Quanto a escola exclusivamente para os indios e quilombolas ( os demais moradores não merecem escolas também? E não me diga que há escolas, pq sabemos que nesses locais elas são precárias e mt distantes)
- Quanto a segurança exclusiva nas reservas ( os demais moradores não merecem tal segurança também?)
- E sobre a parte final do texto do prof Viveiros de Castro:

"Nós antropólogos devíamos nos orgulhar do fato de que o Brasil de hoje está cheio de comunidades querendo ser indígenas. E devemos nos orgulhar, entre outras coisas, porque contribuímos para reavaliar, dar um outro valor, à noção de “índio”. Hoje a população urbana do país, que sempre teve vergonha da existência dos índios no Brasil, está em condições de começar a tratar com um pouco mais de respeito a si mesma, porque, como eu disse, aqui todo mundo é índio, exceto quem não é."

Me levou a um outro indagamento: Será que, apesar de "ser bonito", não ter vergonha de se declarar indio (afinal que vergonha há nisso?) alguns assim se declaram pelo simples fato de poder usufruir dos direitos conquistados por ele? ( pq, mais uma vez, não podemos ser ingênuos e pensar que todos que assim se declaram são únicos e exclusivamente pela defesa, manutenção e não desaparecimento de sua cultura, e não por querer usufruir da terra e das Lulas-bolsas!)
Discordo da VEJA em muitos pontos, mas ainda me causa uma certa inquietação e não convencimento todas as respostas e réplicas e negações a tudo o que ela disse. Sobretudo pq ainda não encontrei algo ou alguém que me convencesse de fato de que, cito novamente Viveiros, afinal, se somos todos indios, pq TODOS não temos os mesmo direitos a terra e bolsas e seja mais lá o que exista? ( o conceito de devolução e tentativa de concertar o erro cometido por nós antigamente nao me agrada, pq ai teriamos tb que estipular quem são esses "nos", já que o indio é indio por simples declaração de se sentir um, eu tb nunca me senti uma senhora de terras, nem colonizadora nem nada disso, logo tb não quero e não pertenço a esse "nos" que fez mal aos indios e aos negros e portanto não devo nada a eles e nem tenho que "desculpar". Me sinto na verdade, brasileira, que tem no sangue negros, indios e senhores de engenho, e o qual devido a grande mistura de tais, não sei me definir por isso e por aquilo, somente me sinto brasileira, e como tal quero ser tratada, sem ser denegrida por essa ou aquela cultura, e nem portanto deixada de lado de qualquer merecimento que elas sentirem ter e que o governo dê a elas! Eu tb quero então, oras!)
Esse email era pra ser só uma poucas palavras, mas quando fui escrevendo, me vieram várias outras dúvidas e mais dúvidas..Não me sinto certa, nem minha intenção com isso é de que penso estar 100% certa. Me sinto em cima do muro, ora maravilhada pelas ideias de um grupo, ora tendenciando pelas do outro. Talvez estejam ambos certos e errados e possamos tirar o melhor de ambos e descartar o que não cabe mais nos dias de hoje..


(Email de resposta ao meu do meu professor)

Marina,


na verdade são muitas dúvidas para serem dissipadas em uma resposta de email, mas estamos aí pra ir dissipando elas em um processo longo... mas aí vão alguns apontamentos, pela ordem das suas dúvidas:

1. Quanto ao percentual indisponibilizado para "atividades produtivas" (que a matéria estima em 90% do território nacional), duas coisas: (a) é curioso que a revista considere como indisponível para atividades produtivas terras de índios e quilombolas, que produzem em suas terras, e terras de reservas, que incluem algumas formas de preservação que permitem a produção; me parece, que na verdade, ela está falando (e logo defendendo) das terras reservadas aos grandes produtores, e logo é este o grupo que a revista, como "empresário moral" (olha o Becker aí, gente!) está representando. Neste caso, o interesse da revista nã o é garantir o "emprego dos locais", mas o lucro dos grandes empreendimentos. É o que lhe faz ser contra o aumento de territórios quilombolas, mas também de assentamentos rurais. (b) tais estatísticas são descarada e criminosamente fantasiosas; pra isso, dê uma olhada na cuidados e brilhante análise feita pelo Barbi no "A Farra do Jornalismo Oportunista" (o link tá no dossie).



2. Quanto à relação entre antopólogos e ONGs, antrolopogia e laudos, etc, essa é uma polêmica antiga. Na verdade, este é um campo de análises (o de quilombos, ao menos) que emerge da atuação dos antropólogos junto às comunidades locais. Ora, esta atuação, obviamente, não é apenas acadêmica, mas implica uma posição política. Essa é uma especificidade epistemológica das ciências sociais. Se eu faço um laudo médico, minha "objetividade" não é contaminada com minha posição política em relação a células e tecidos... não há uma relação intersubjetiva entre o perito (o médico) e o objeto do laudo. Esse não é o caso, óbvio, das ciências sociais. Os primeiros antropólogos eram funcionários dos governos colonialistas - Inglaterra e França. Estavam no campo pra gerar subsídios para a dominação da Europa sobre África e Ásia. Mas continuamos a lê-los, não? Durkheim escrevia para reformar a sociedade. Marx, pra fazer a revolução. Não existe cientista social isento politicamente em relação a seu objeto; o que não significa que não façamos ciência, e que não a façamos com rigores teóricos e metodológicos. Agora, corrupção pode acontecer até com laudo médico; posso comprar um pra atender aos meus interesses em processar alguém, por exemplo. Estar ou não ligado a uma ONG que trabalha com o tema dos quilombos (o meu caso, por exemplo) não é o que determina se o antropólogo está sendo honesto ou não. Ele pode, como qualquer profissional no exercício de sua profissão (o médico do nosso laudo), estar sendo desonesto, ou seja, torcendo os argumentos teórico-metodológicos pra satisfazer a algum interesse objetivo, ou criando dados, porque pago para isso. Será preciso que se aponte casos consistentes disso, e que se puna qualquer profissional que exerça de forma antiética sua profissão. Agora, atrelar a atuação das ONGs a uma suspeita generalizada sobre os antopólogos que trabalham com índios e quilombos é perpetuar um medo imbecil e infundado da "invasão estrangeira das ONGs", alimentar a ignorância e desrespeitar toda uma categoria de profissionais; neste sentido, a posição da ABA é corretíssima.



3. Quanto aos direitos especiais de índios e quilombolas, escola, por exemplo, mas também políticas de cultura, de desenvolvimento, etc. O pressuposto disto não é que só esses grupos mereçam escola; ou que se esteja purgando a culpa colonial, da qual os "breancos" são responsáveis. O pressuposto é o do multiculturalismo: o de que certos grupos, hoje, apresentam a dupla condição de serrem brasileiros, como todos (e portanto dividam com o resto da nação estilos de vida e direitos), mas apresentem certas especificidades, que demandam direitos especiais. Pense na educação indígena: demandam o mesmo acesso à educação que todos os brasileiros, mas algumas específicas, como ensino da língua original ou abordagens da história não-eurocêntricas. Esse não é o direito de quem tem mais sangue indígena, não é biológico ou se deva ao passado, mas é um direito de bases culturais, e que tem a veer com a condição presente. Por isso Viveiros de Castro faz o trocadilho: no Brasil todo mundo é índio (todos temos essa ascendência), menos quem não é (são indios aqueles que vivem como índios, ou seja, para quem essa pertença seja importante). E o que ele está comemorando é o fato de que isto deixou de ser uma marca negativa (e o foi, durante muito, muito tempo) e passou a ser motivo de orgulho. Isso é um ganho, ou não?

Isso é uma resposta rápida. No mais, esses temas são temas para serem levados pras suas aulas. São temas caros a nós, cientistas sociais.

Então eu já estava começando a me sentir daquele jeito angustiante que já me senti algumas vezes ( que mulher já não sentiu?) de começar a criar dúvidas e não saber ler nas entrelinhas dos atos do carinha. Depois de umas semanas aparentemente ótimas, notei que as coisas já não eram mais como de inicio ( mas daí me perguntei: Uai, mas esse ainda não é só o inicio?), as conversas já não são mais tão fofinhas, os telefonemas não acontecem com certa frequencia e nem todas as suas mens são respondidas. Mesmo assim fiz o que sempre faço: Fingir não me importar e a começar a arranjar desculpas pra ele. "não precisamos nos falar todos os dias", "não precisamos nos ver sempre que possivel." "Marina, não faça a linha neurótica. Não fique no pé dele, não se importe tanto com essas ausências!" Aparentemente. Porque por dentro, eu me importava sim. Só procurei não demonstrar muito ( sei lá se consegui, só sei que não falei, não procurei e quando finalmente falou comigo depois de dias de ausência, falei normal, porém sem ser fofa, de forma que parecesse que mal tinha reparado/me importado com seu total silêncio durante dias. )
Então como forma de mudar meus pensamentos pra outro lado, fui estudar.
Cansada de estudar, vi tv.
Cansada de tv, fui procurar um livro na minha estante.

O GRANDE INSIGHT!

Lá estava Ele. Entre meus livros de sociologia e história. Perdido e espremido entre os grandes autores da humanidade,ainda dentro do plástico, meio empoeirado, um livro que eu ganhei numa inauguração de uma livraria e que eu tinha ignorado completamente até agora por orgulho do tipo: Eu não preciso disso.
Desses livros escritos por mulheres, sobre os homens. Sempre achei esse tipo de literatura coisa de mulher neurótica, quem precisa de auto-ajuda? Coisa de mulherzinha fraca que não tem amor-próprio. Assim eu pensava até pelo menos me render e ler o título do livro:

ELE SIMPLESMENTE NÃO ESTÁ AFIM DE VOCÊ!

Huum.Fui ver quem tinha escrito aquilo, provavelmente uma mulher que se acha muito inteligente emocionalmente mas que provavelmente seja separada, largada pelo marido e escreveu o livro como forma de contar como ela deu a volta por cima. Tipico.
Não. Quem tinha escrito era um homem. Devia ser um babaca!
Mas, como eu já não tinha mais nada pra fazer, tirei o plástico do livro e comecei a ler meio sem vontade.

A REVELAÇÃO!


Os homens não são complicados, só gostamos que vocês pensem que somos, como, por exemplo, quando dizemos: "Isso aqui está uma loucura! Tenho uma tonelada de coisas para resolver amanhã." Somos movidos a sexo, apesar de gostar de fingir que não somos: "O quê? Não, eu estava prestando atenção." E, infelizmente (o que também é tremendamente embaraçoso), preferimos perder um braço pendurado na janela de um ônibus do que simplesmente dizer "Você não é A mulher para mim". Temos certeza de que vocês vão nos matar, ou se matar, ou as duas coisas — ou, pior ainda, chorar e berrar conosco. Nós somos patéticos. Mas o fato é que, apesar de não dizer com todas as letras, demonstramos isso claramente o tempo todo. Se um cara não lhe telefona quando disse que ia telefonar, ou não deixa claro se vocês estão realmente namorando, então você já tem a sua resposta. Pare de inventar desculpas para ele, seus atos berram a verdade aos quatro ventos: ele simplesmente não está a fim de você.


                                           Do livro, Ele Simplesmente não está afim de você.


Isso que esse cara escreveu me deixo muito encucada. Mas como assim é tão simples? E todas aquelas histórias que ouvi em toda minha vida de que os homens são complicados, não sabem muito o que querem e que nós temos que ler nas entrelinhas o que eles querem nos dizer?
Fiquei sem chão por uma hora pelo menos. Toda minha vida estava baseada nesses preceitos. Então comecei a relembrar relacionamentos passados, empregando essa nova frase: ELE SIMPLESMENTE NÃO ESTAVA AFIM DE VOCÊ! E, como um passe de mágica libertadora, tudo foi fazendo muito mais sentido. Ele não estava afim, era isso. Simples assim. E eu tentando entender o que eles de fato estavam querendo dizer, lendo numa entrelinha inexistente de fato, o que era óbvio, não pra mim infelizmente, mas era. Simples assim!
Aah se eu soubesse disso, teria poupado tanto tempo olhando o telefone de 5 em 5 minutos esperando que ele tocasse, me remoendo em uma criatividade sem fim do que eles podem ter querido dizer com essa ou aquela desculpa..Bendito livro!
Não vou dizer que o livro chegou exatamente no momento certo, porque muita das minhas neuras poderiam terem sido evitadas antes, mas chegou a tempo de que uma nova começasse.
Agora eu entendo, ele simplesmente não está afim de mim! Pronto! Simples! Fato!
Me sinto liberta..
Não! Não vou mentir que não me deu uma certa melancoliazinha de saber que ele simplesmente não está afim de mim, porque eu queria que estivesse, mas minhas noites de insonia e conversas interminaveis com minhas amigas já não serão necessárias.
Não vou mais criar espectativas caso ele fale comigo algum dia, saberei que ele só está sendo simpático, porque não consegue falar com todas as letras o que de fato sente,quer dizer, não sente!
Vendo por um ângulo diferente, até posso pensar que é uma pessoa legal, que teve a delicadeza de não ser escroto e simplesmente falar na cara que não está afim, ou sumir do nada,não! Ele preferiu ir deixando de procurar aos poucos de forma que eu entenda..
( ou será que isso já sou eu passando a mão na cabeça do cara?rs..)
Enfim, assim como essa ideia me libertou, vou me libertar também de qualquer conjecturação do que pode ou não pode significar isso ou aquilo..
Huum..Mas me veio agora uma outra questão:
Mas porque ele não ficou afim??

Aiiii ser mulher é um saco mesmo!!

Alguém tem um livro ae que responda essa minha nova pergunta?? rs..

Quer saber, não ficou porque não também. Tão simples quanto..
Fazer o que..





Bandinha de roquizinho brega, como o próprio Wagner Moura intitulou. O mais fodinha desa letra é a parte final que ele narra: Não.Tu olhas pra ti e te amas.é o que está certo!

(é sempre o que está certo..)

Relação Injusta

Sua Mãe

É melhor, ficar só...
do que viver com você,
essa relação injusta.

Se não é , por merecer
porque que eu fico sempre assim?
insisto tanto em te querer.

Não da mais, ficou ruim,
eu preciso de qualquer outra realidade em mim.

Aliás lá em casa, tem sido bem melhor
Aliás lá em casa, tem sido bem melhor...
sem você, sem você, volte, sem você, sem você, volte!

E eis que depois de uma noite de quem sou eu,
de acordar a uma hora da madrugada em desespero.
Eis que as três horas da madrugada eu acordei
e me encontrei, eu fui ao encontro de mim,
calmo, alegre, plenitude sem fulminação
simplesmente isso, eu sou eu, você é você
é lindo, é vasto, vai durar.

Eu não sei ao certo o que eu vou fazer em seguida
mais por enquanto, olha pra mim, e me ama.

Não! Tu olhas pra ti e te amas. É o que está certo.