Não sei se isso acontece com a maioria das pessoas, mas pra mim os dias mais tocantes em minha vida, àqueles mais intensos, ficam gravados em minha mente como um filme fora de foco, as imagens são borrões, e minha memória se dá em pequenas partes, fora de contexto e desconectadas..
Eu lembro dele me contando que ia embora no inicio de janeiro e eu sentindo um gosto amargo na boca. Lembro dele falando como eu estava bonita e que ele gostava de mim, e eu respondendo: Não subestime minha inteligência, porque pra mim aquilo não podia ser verdade e, ironia das ironias, porque justo agora fui começar a acreditar nisso?
Eu lembro que chovia muito quando eu o vi, parecia um dia típico daqueles dramalhões mexicanos. A moça se despedindo do mocinho que ia lutar na guerra pelo seus ideais, e ela ficava ali, vendo ele partir e ansiando que voltasse logo e com vida. Sentamos num barzinho, pedimos um chopp e de repente as palavras sumiram todas da minha mente, e eu ficava falando pra mim mesma : "Say something, anime ele, faça esse dia feliz. DIZ QUALQUER COISA RÁPIDO!"
- Você vai embora!
Qualquer coisa não deprimente, Marina! E minhas pernas não paravam de balançar, como se tivessem vida própria e minhas mãos, testa, pescoço, suavam muito. Calma, o álcool já vai fazer efeito e você vai se acalmar.
Ele fez efeito e acalmei o máximo que a situação me permitia. Daí o papo fluiu para assuntos mais amenos, faculdade, espectativas, trabalho. Ele começou a falar sobre o dele e eu ali, olhando ele falar..De vez em quando abria um sorriso, ao descrever o que fazia, e do quanto ele gostava, e se virava pra mim e perguntava se esse assunto não me entediava e eu respondia que não, dai ele continuava e tudo que eu pensava era: Como ele é bonito. Porque eu tentei tanto me esconder, e não me permiti vê-lo de fato antes, enquanto ainda havia tempo, porque eu me auto-saboto?
Enquanto escrevo isso, e tento puxar da minha memória o máximo de lembranças possiveis, minhas mãos começam a suar novamente. Calma, me concentro..
Fomos pra casa dele, resolvemos fazer aquela brincadeira onde um pergunta e o outro tem que responder a verdade:
- Você acha que me conhece? Ele me pergunta
- Não. Só o que você me mostra, e hoje estou surpreendida.
Minha vez de perguntar:
- E você, acha que me conhece?
- Sim!
Devo ser mesmo muito óbvia, penso, daí em dois minutos apenas, ele começa a falar de mim, e vai no ponto, acerta em cheio, vou abraça-lo, derrubo um copo, eu sempre estrago. (eu sempre tendo mesmo a acha que a culpa é sempre minha e dessa vez, foi mesmo!)
Depois disso, não consigo me lembrar de quase nada, minha memória não combina com Absolut.
"Você surtou ontem!"
Meu pensamento vaga para a janela, decido me jogar dali, rápido e preciso. (dramalhão mexicano de novo.)
Não me jogo. Digo que não lembro, o que é verdade, enquanto penso que meu apartamento é mais alto, de lá a queda seria mais letal. ahahha, ta ta ta, imaginei essa cena como sendo de um desses filmes realmente ruins, gente, eu tenho que ser cineasta, Wollyood não sabe o talento que está disperdiçando! rs..
O que será que eu falei? Qual foi meu surto? Acho que as vezes é bom mesmo não lembrar, só gostaria que o mesmo acontecesse com ele, e se apagasse o que foi ruim e só ficassem lembranças boas.
Fomos nos aproximando do ponto onde iriamos nos deixar, 20 passos, 10 passos, 2 passos.. Então ele me abraçou, meus braços viraram de pedra e eu por mais que fizesse força, não conseguia tirá-los daquele abraço. Acho que só disse um : "Vai dar tudo certo pra você!" Não sei me despedir, e não queria realmente. Dai me virei, e fui embora, não me permiti nem um olhar pra trás, com medo que se eu fizesse isso, virasse uma estatua de sal.
Não chegamos sequer a termos um contato mais sério, eu sei, ocasionais e esporádicos era tudo que eu me permitia. Reclamo tanto que não encontro alguém, isso me serviu de lição pra perceber que esse não é o fato, e sim que estou tão cega e amedrontada que quase não percebo o óbvio. Eu não me permito. A maior culpada sou eu.
O que ficou dessa quase-alguma-coisa, foram os If e Maybe. E isso, mesmo que não pareça, é muito mais angustiante e dolorido!
E como acaba? Não acaba, porque sequer começou..Fica subentendido... Me lembrou uma música agora:
"Deixo assim ficar
Subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de acontecer.."



Último sábado do ano e sem idéias do que fazer, só sabia que não devia ficar em casa, não atrai bons fluidos isso de ficar em casa vendo filme e comendo horrores.Assim pensei eu. Então me arrumei bem bonitinha, botei meu salto alto e fui pra gandáia (minha mãe que fala gandáia, deve ser do tempo dela.)
Saí bem depois da meia noite de casa, meu plano era ir praquele barzinho bonitinho que fui da outra vez. Só me esqueci do porens: Porem que já era bem tarde! Porem que lá é pequeno! Porem que era o último sábado do ano e todo mundo deve ter pensado na mesma coisa que eu, não ficar em casa!
Então, óbviamente não tinha nenhum lugar disponivel, nem no barzinho ao lado, nem no da frente. Meu alarme de "é cilada" ficar aqui, começou a tocar, meu amigo começou a me alertar, mas eu não me rendi. Não iria pra casa até conseguir achar um lugar, me sentar e tomar ao menos uma taça de vinho!
Óbviamente que não achei nenhum lugar descente onde eu pudesse me sentar e tomar minha taça de vinho!
Óbviamente acabei parando num lugar tosco que só servia cerveja mesmo.
Mas não quis desanimar. último perrengue do ano, pra fechar com chave de ouro esse ano de perrengues, no próximo vai vir a minha maré de sorte, um raio não pode cair no mesmo lugar duas vezes, vou brincar de Pollyana e tirar o lado bom de tudo de mal que acontece! Afinal, eu posso ser meio neurótica, mas sou também uma pessoa positiva e prafrentex!
Foi o que pensei..Esse era o meu plano..
O papo tava fluindo bem, apesar do calor insuportavel que fazia, estavamos rindo, planejando nosso ano novo, eu contando da viagem que farei em janeiro, que nem tudo está perdido e 2010 era o ano da virada. Daí resolvo emprestar meu cel pra ele, porque sua bateria tinha acabado e ele precisava fazer uma ligação.
- Tira o seu chip Mari, que eu ligo do meu!
- Não tem problema querido, pode ligar do meu!
- É que o número que eu preciso ta no meu chip!
- Aah ta bem então!
Conversa vai, conversa vem, muito tempo depois de ter emprestado meu aparelho, me lembro de pegar de volta, peço, me devolve, me surpreendo:
- kd meu chip?
- Ué, eu te dei!
- kd meu chip?
- Tava na sua mão o tempo todo!
- KD O MEU CHIIIIIP????


Se essa moça não tivesse feito esse barraco antes de mim, certamente diria que ela teria se inspirado no meu.
Em minha defesa alego que, o problema não foi ter perdido o chip, melhor o chip do que o celular, e ta certo que não fiz todo esse barraco ae, mas faltou pouco..rs
O maior problema é ter perdido logo NAQUELE dia. Quem tem celular da OI sabe do que to falando, se em dias normais é super dificil conseguir um chip de resgate, porque pelo menos os de conta sempre estão em falta, da última vez que precisei de um, demorou quase um mês pra chegar na loja. Imagina então na véspera de ano novo? E minhas ligações? E minhas mensagens? Posso ser loca e muito apegada ao meu celular mas…Não tem mas, sou mesmo, e daí??? Prefiro ficar sem internet do que ficar sem celular. (oops, que a velox não me escute. Oi, velox, são tudo do mesmo bando, vai que eles lêem isso e resolvem me chantagear do tipo: O celular ou a Velox, você escolhe garota!)
Acabou aqui, vou correr lá na loja da OI e chorar pro vendedor me arranjar um chip de resgate. Se preciso for, enceno toda a cena do “Pedro me dá meu chip”, quero ver ele ser maluco de não arranjar um pra mim!

Todo mundo sabe que eu sou a maior fuxicuda de tudo quanto é rede social dos meus amigos neam?! Isso é um fato e não escondo,  acho que se a pessoa ta lá, é pros outros verem também!!rs.. Mas então, agora a pouco, tava fazendo exatamente isso numa dessas redes sociais e entrei no daquela pessoa que conheci a muito tempo atrás num lugar, digamos, mUderno. fuxico dalí, fuxico dalí e me deparo com um scrap de uma "menina" pra ele. Já que eu não estava fazendo nada, entrei também no dela pra ver qual era, mas ela bloqueia scrap, foto, tudo, ou melhor, quase tudo..Comunidades costumam dizer muito sobre as pessoas também pensei, então fui lá olhar, qual não foi minha surpresa ao encontrar 3 comunidades assim:
* Transex cultas e inteligentes
* Respeito as travestis e as trans
* Travestis patricinhas
Bom, meu primeiro pensamento foi não tentar ser maldita e pensar logo por essa lado da coisa, vai que ela só é uma moça que mantém boas relações com bonecas..Daí instigada por tal fato, fui mais a fundo em minha investigação e encontrei o blog "dela". Lá estava recheado de fotos e posts sobre cirurgia plástica de nariz, peito, bunda..Dáiii ainda não satisfeita e plenamente convencida, fui nos seus depoimentos, homens e mais homens a chamando de linda, maravilhosa, gostosa. ( mulher que aceita depoimentos desse nivel, de caras com fotos só do corpo, ou da cueca, ou é puta ou é boneca!) e para o meu alívio, não constava ali nenhum depoimento do meu "amigo". Tentando ainda me enganar, entrei num desses perfis que mandaram depoimento pra ela, e lá estava : Adoro bonecas! Amo travesti! etc..
Bom, finalmente convencida de que, ao menos que ela seja operada, ela nasceu com algo a mais do que eu, fui buscar ajuda dos especialistas: Meus amigos gays! E para minha infelicidade, eles foram unânimes em afirmar que, ao menos que ele não saiba que aquilo é uma boneca (ela é bem montadona, pelo menos nas fotos), o cara tem grandes chances de gostar do que não posso oferecer, com o plus de o ter conhecido ONDE eu o conheci! E por fim me aconselharam a comprar um consolo e fazer o teste, se ele aceitar eu corro..E passo a bola pra eles..(trocadilho infâme!)

Descobrir um traveco na rede social do cara que você saía, quem curte?

Aah o natal em família! AAh aquela inconfundivel música que não sai da minha cabeça : Hoje é um novo dia, de um novo tempo, que começou.." É a Globo dominando tudo, até nossos pensamentos!rs..Aah o especial da Xuxa, do Roberto Carlos, que aliás nem sei se já passou, será que perdi o desse ano?? Que peeena!
(pausa para o sarcasmo..)
Natal em família é o que há! O tio babão bebum, querendo te abraçar a cada 5 minutos com aquela mão fedendo a peru ( o de comer..), a prima gorda querendo passar na sua frente na fila da ceia, as crianças correndo pela casa e gritando como se tiverssem cheirado "alguma coisa", sua mãe descabelada e exausta de ter passado o dia na cozinha fazendo a ceia prum batalhão de pessoas e seu pai, reclamando que a cerveja não está devidamente gelada e na hora da distribuição dos presentes, reclamando com sua mãe da quantidade que ela comprou e que ele não vai pagar a fatura do cartão de crédito!
(pausa para as lembranças desse dia memoravel..)
Bom, se vocês estão pensando que eu descrevi o natal da minha família, estão redondamente enganados.
Se vocês se identificaram com esse natal aí que descrevi, não se surpreendam, deve ser assim mesmo na casa da maioria dos brasileiros.
O meu não é assim. Pra começar, ao entrar na sala de visitas, você logo avista uma grande árvore, lindamente ornamentada e com aquelas luzinhas piscantes que te deixam meio zonzo. (eu fico pelo menos..) Ao lado, tem um aparador (uma espécie de mesinha) com um lindo presépio onde os animaizinhos tem pêlos de verdade ( a ovelhinha é a coisa mais fofa). No som toca as tradicionais músicas natalinas, que fica atrás da poltrona onde o Papai Noel vai sentar, quando ele chegar.Por que lá em casa, sempre tem o Papai Noel, ou devo dizer, o titio Noel..rs!
as crianças são incrivelmente comportadas, os adultos é que gritam mais do que elas, fazendo palhaçadas para elas rirem e sairem bonitinhas na também tradicional foto da família em frente a árvore.
A ceia é um caso à parte, mamãe cozinha muito bem, essa parte não é muito diferente da que descrevia acima, ela ta mesmo meio cansadinha de tanto trabalho, mas ela gosta.
E não tem bebida alcólica, parte da minha família é da igreja..
Ganhei presentinhos fofos, mamãe faz do impossivel, possivel pra mim. Não é querendo me gabar não, mas ta pra nascer mamys igual a minha..E tenho certeza que vocês devem pensar o mesmo das suas..
E, pra fechar com chave de ouro esse meu natal, que aliás, ainda não acabou, papai vem aqui em casa pro também tradicional almoço de natal, já que meus pais são separados, e ontem ele passou com os filhos dele, e como ele não é da igreja, estou esperando ávida pelo bom vinho que ele vai trazer, rs. Ontem depois da meia noite, quase uma da manhã, meu cel toca, olho no visor, meu coração para de bater por 3 segundos, atendo, ouço aquela inconfundivel voz meio rouquinha falando:
FELIZ NATAL MINHA LINDA.MUITAS SAUDADES DE VOCÊ!
Meu mundo você é quem faz..Meu melhor presente!

Semana de natal, ainda não entrei no espirito natalino, to com muitos problemas e sem nenhuma vontade de entrar na onda do Thanksgiving que aliás foi em novembro, já passou faz tempo. O que eu teria pra agradecer? Definitivamente foi essa mudança radical que aconteceu em minha vida. Passei pra UFRRJ, mudei de cidade, ta certo que não pra tão longe, ta certo que to aqui todo final de semana, mas fora isso, nada demais..
Odeio ficar reclamando da vida, mas acordei melancólica.
Até meu 1° semestre a vida estava muito boa, dava conta das minhas obrigações, cumpria minhas metas e meu coração não doia..

Fiz uma viagem muito legal.
Meu CR foi de quase 9
Mamãe estava bem satisfeita com sua filha preferida ( porque sou filha única,rs!)
Tinha alguém para rir comigo

Daí me deparo agora toda atolada com os estudos
Sabendo que não vou dar conta de tudo
Meu CR vai baixar com certeza
Minha impuslsividade me levou apenas ao quase
Pessoas vão mudar pra longe
Minhas coisas devem ir com ela
Hummm :(

Ano novo:

Tem tudo pra começar bem, já na 2° semana vou viajar, repor minhas energias em Fortaleza e depois tem carnaval em Madá!
E no intervalo entre uma viagem e outra, espero colocar meus pensamentos no lugar.
Deixar ir o que tem que ir. E parar de lamentar.
Daí novos acontecimentos virão.

Pensei em fazer as famosas METAS pro próximo ano, mas refletindo melhor, só vou fazer uma, de carater prático:
Meus estudos.
Porque é algo que só posso cobrar de mim mesma, e só de mim posso esperar o melhor. A decepção ou conquista depende APENAS dos meus esforços. A sorte nisso não tem vez. E melhor no meu caso é não depender muito dela mesmo..

Humm que post chato esse..O próximo mais ser mais UP!

Oh! Oh! Oh!
bléeeeehrg!rs..

Nossa! Ontem a noite me brindou com tanto assunto pra esse blog, que eu nem sei direito por onde começo. Vamos do inicio..
1° parte da noite:
Fim de ano, natal, ano novo, festas de confraternização em churrascaria. Lá fui eu me despencar pra Barra da Tijuca pra uma dessas festinhas, afinal, bebida e comida liberada nunca é demais! Aah sim, antes disso ia escrever sobre minha peregrinação ao encontro da saia perfeita, mas isso era antes de eu ter tanto assunto!rs..
O lugar era bem legal, tipo essas churrascarias chiques com salões enormes, um tiozinho tocando ao piano de cauda, enquanto o boi e toda sorte de amiguinhos dele são assados pra gente comer.Reparei uma coisa, nessas que são minhas observações mais perspicazes: Eles fazem de  tudo pra você não comer o boi, sua esposa vaca e seus amiguinhos (babe o porquinho, Gisele a gazela, Rodolfo o carneirinho!) Para isso eles colocam uma buffet enorme do qual você fica louco, se serve de tudo até não ter mais espaço para a carne. Eu espertamente sabendo disso, dei a volta no buffet, mas ai me deparei com minha perdição maior: O tio paraiba, vestido de japa, servindo sushis feitos na hora. Conclusão: Fui pruma churrascaria pra comer peixe cru!
2° parte da noite:
 Amiguinhos meus estavam no Informal, parti pra lá ainda arrotando sashimi. (arrotando não porque sou fina benhêe! Só uma forma de falar..)
Lugar legalzinho, um tiozinho que não deve ter passado na seleção do IDOLOS e do QUAL É O SEU TALENTO, tocando violão, cantando Lança Perfume ( ele devia ta recordando seus carnavais da década de 80 onde ele ficava muito louco de loló!) enquanto o povo bebia suas tulipas de chop ou caipirinha para os gringos. Quando eu cheguei a conversa girava em torno de transas FAIL. òbviamente como não conhecia todas as pessoas da mesa, mantive minhas derrotas para mim, até porque achei tão interessante o assunto, que ela irá se transformar no próx post desse humilde blog. Só uma palhinha: descobri não ser a única que pegou seu parceiro dormindo no ato.Isso me deixou mais consolada!rs..
Bom, meninos pulem essa parte que vocês certamente irão achar bastante chata, e não quero perder meus leitores da ala masculina ( os dois e meio que me acompanham..) Como eu estava linda, e estava me sentindo linda ( batom vermelho, sem ser de puta-pirigueti, algo assim, clássico-chique) um tomara-que-caia risca de giz, uma saia liiinda que eu já comentei e que me custou meses de trabalho que eu não tenho, e um scarpan vermelho altissimo, ou seja, nada haver com clima de Informal, mas vim direto lá da suposta churrascaria que na verdade era um restaurante japonês, pelo menos pra mim. Resolvi procurar assunto pro meu blog (vulgo paquerar!). olho prum lado, casais, pro outro, casais, pra frente, um amigo de uma pessoa conhecida que também devia estar de casal (pausa aqui prum breve comentário, obrigado querido por perder alguns minutinhos da sua vida por aqui, apareça mais vezes, obrigada pelo elogio!Da próxima vez peço pra equipe desse blog te servir um cafezinho com biscoitos!rs..) e eu na mesa com 4 homens, digo 2 e meio, não duvido nada..
 A incógnita: Sabe os animais, que na época da reprodução, começam a formar casais para disseminar a espécie? Me veio a mente aqueles programas do DISCOVERY CHANNEL onde aparecem focas andando em casais pela Antártica e fazendo uma mega suruba na frente de todo mundo. Mas uma suruba organizada, cada um com seu par, não valendo troca troca. Deve ser assim que eles combatem as DSTs, muito certos eles. Então, ao reparar isso percebi que fim de ano deve ser mesmo a época de acasalamento dos humanos, e eu fiquei sem par. Não havia sobrado nenhum pra mim, bom pelo menos os apresentaveis e que prestam para alguma coisa. Lá vai a..
3° parte da noite:
O Informal fechou, e eu intrigada com minha teoria de acasalamento, não quis ainda ir embora, então partimos pra Lapa, quer lugar mais diversificado pruma pesquisa antropológica? Pesquiso daqui, aplico questionários de lá, do tipo: Oi, você vem sempre aqui? (ahahha mentira, mentira!) e continuo percebendo que os mais fortes e melhores da manada já foram arrebatados pelas fêmeas, sobrando somente os bebados chatos, os que não tem nenhuma noção do que combina com o que, e..os gays que preferem mais a parte do troca troca mesmo. Bom, pelo menos esses quando eu passava, falavam: Ihhh arrazô gata!
Eis que quase exausta, me deparo com o que deveria ser o último espécime de macho alfa respeitavel. Um estilo meio ifcsiano sem ser sujinho, all star no pé, barbinha por fazer. Los Hermanos começou a arranhar umas notas em meus ouvidos.
- Loucura isso né? Um monte de gente diferente!Tu viu o maluco cabeleireiro?
e eu:
- Hã? Cabeleireiro?
-É, vem cá que eu te mostro!
Então surge na minha frente um maluco, com uma escova em uma mão, um secador em outra, e uma guria sentada no banquinho da tia que vende podrão, cortando o cabelo e fazendo escova. Em plena Lapa!
EM PLENA LAPA! E com a energia da barraquinha de podrão!
Cara, não sei se meu espanto foi demasiado, mas para e racionaliza: Onde nesse mundo, você vai ver um cabeleireiro na madrugada no meio da rua exercendo sua profissão?  Pensei na India e na China, que lá eles são todos malucos também, mas eles tem cabelo liso, daí não precisam disso!
Daí me olhei no espelho e percebi que cairia bem uma secadinha rápida na franja. Não deu, ele já estava lotado.
Pausa pra falar do menino de novo:
Então, ficamos conversando, descobri que ele não é um ifcsiano, mas quase, faz Odonto também na UFRJ, e quando a conversa tava ficando boa, risinhos pra lá, olhadinhas pra cá. Você já encontrou seu par? Não, nem eu, surge uma fêmea por trás das árvores, a galope, pula em cima dele e o afasta de mim.
Daí eu me afasto, óbivamente, porque meu cabelo estava muito bonito pra ser estragado por aquelas mãos que arrastavam o pobre menino de odonto. Porém mantenho uma distãncia suficiente para ouvir o que a loca tava falando aos berros:
-Você é muito cara de pau. Eu sei que terminamos mas você não podia ao menos respeitar a minha presença aqui?
- Mas ué? Você não disse que poderiamos sair em grupo como apenas amigos? Eu só tava conversando!
- Com essa inha ae? Ela não vale nada!
Daí eu me enfezei, mas fiquei no meu lugar, pelos motivos já relatados. Só fiquei sem saber com que dados ela concluiu que eu não valia nada..Será que ela lê meu blog??
4° parte da noite:
Sai de perto deles, mas só pra ela perceber que eu valho algo sim, e não queria levar puxada de cabelo.
Quase já satisfeita com minha produção de material, me surge a ultima pessoa. Aquele mesmo papinho básico: Oi tudo bem como vai faz o que mora onde que legal é perto do meu você é muito bonita obrigada to cansada tenho que ir embora a que pena posso pegar seu telefone paro penso acho melhor o orkut procura lá mari b!
E fim!

Ahahah, sei que se alegrar com a desgraça dos outros é muito feio, mas acabei de descobrir um B.A.F.O.N. estrelar!!rs.. vocês sabem que eu tenho alguns amigos e amigas, digamos assim, mUdernos neam, então, estava com uma dessas amigas aqui em casa, fuxicando orkuts alheios e eis que mostro um perfil de uma certa menina que acho que tem me atrapalhado com uma certa pessoa ultimamente, para essa amiga minha mudeeerna. Então ao mostrar, ela vira pra mim e dá um grito:
- Maaari, é por essa ae que você ta tão preocupada? ahahahha
- Oi? Como assim? Porque o espanto? Eu não acho que ela seja horrorosa ao ponto de não ter que me preocupar!
- Amiga, a questão não é essa. Você lembra da história de uma menina que eu tava pegando e que ela não era explanada e taulz, e a gente tinha que ficar disfarçando?
- Sim, lembro!
- Agora analisa as pessoas que estão com ela na foto, você não se lembra de ninguém que está ai REALMENTE?
Paro para olhar a foto com mais cuidado, e uma figura me salta aos olhos, que eu ainda não tinha reparado.Estava tão fixada em gorar a talzinha que não prestei muita atenção nas pessoas ao redor.
- Aah. esse guri ao lado dela não é aquela biba loca que ficou com nosso amigo?
- Exatamente Mari. E eu tava nesse dia, e nós nos pegamos horrores!
- Aaaah!
comecei a ter convunções espasmódicas de riso. Taaanta preocupação atoa..Seria mais fácil ela querer ME pegar, do que realmente querer algo sério com o carinha por qual eu estava preocupada..
Depois disso, percebo que possivelmente mais da metade das minhas neuróses podem ser mesmo infundadas!
E viva a diversidade sexual e as novelas e séries tipo Cinquentinha, que tem inspirado essas gurias locas a experimentar de tudo, daí sobra um pouco mais de homem pra gente!!rs..

Daí, fiz o que devia ter feito a muito tempo, liguei e marcamos um encontro.
Notei que ele ficou surpreso.."O que te fez mudar de idéia?"
Nada bonito..Nada não..

Numa conversa com amigas:
- Mari, que que houve com seu blog?
-Ué, como assim o que houve?
- Ele não tem servido mais pra mim amiga, os últimos posts não tem nada relacionado as nossas neuras com os homens.
- AAh vocês repararam?
(...)

Fui então analisar o real estrago feito aqui, texto sobre almoços de familia, cabelos brancos, quilombolas..Aiiiii minha vida ta mesmo uma merda!!!
Se tudo permanecer assim, esse blog estará com os dias contados. Já que ele se dispõe a ser uma terapia ocupacional para me livrar das neuroses causadas por homens e tentar descobrir qual o melhor antídoto contra os males de homens que não prestam. Mas como posso tentar descobrir a cura desse mal do século se não tem me aparecido cobaias para testá-los?? Ou seja, resumindo tudo, minha vida afetiva está a mingua, respirando com a ajuda de aparelhos!
Ao constatar isso, fui rapidamente ao salão de beleza, fiz as unhas, arrumei os cabelos, comprei um vestidinho fofo e fui prum barzinho! Precisando urgentemente de cobaias, sentei no bar, abri meu sorriso mais fofo-menininha-sexy-porem-não-muito-pirigueti, e olhei pros lados. Vi 3 casais aos beijos, um deles por sinal precisando urgentemente arranjar um quarto. Olhei a frente, vi 2 grupos de solteiras ávidas também olhando para os lados em pronto sinal de: "estou  caçando!" Por fim olhei pra trás e vi dois amigos bebendo uma cerveja de garrafa e conversando não muito animadamente. Um era meio gordo ( meio em comparação a um elefante, quero dizer..) e o outro tinha uma cara de nerd que ja foi espinhento na adolescência. Daí pensei, aah, os nerds são os novos galãs dessa geração. E cantarolei baixinho : "O nerd de hoje é o cara rico de amanhã!"
Abri meu melhor sorriso e olhei de ladinho, até que eles também me olharam e eu desviei meu olhar com um leve sorrisinho timido. ( técnica até então infalivel!) e nada...Esperei mais um pouco, pensei: eles não devem ter reparado. Fiz de novo. Nada..Mais uma vez, a última tentativa..FINALMENTE o gordinho se levanta e vem até minha mesa:
- A mocinha está sozinha?
Para tudo! A mocinha??
- Sim, passando o tempo enquanto minha próxima aula não começa!
- Aah ta..Você sabia que és muito bonita?
Para tudo de novo? Você sabia? És????
- Isso é o melhor que você pode fazer?
- Hã?
- Nada não, então, tava tentanto descobrir que engenharia seu amigo faz..
- Meu amigo não faz engenharia, ele só trabalha.
- Aah sim, foi só um palpite..No que?
- ele trabalha numa lanchonete. E eu também! Você também trabalha com comida?
- Por que? Tenho cara disso?
- Não sei se tem que ter cara pra trabalhar nesse ramo. você ta insinuando que tenho cara só porque sou fortinho?
- Não quis dizer isso..Me desculpe1
- Aah quer saber garota, bem que eu falei pro meu amigo que você devia ser uma patricinha idiota e que só tava tirando uma com a nossa cara.. va se Fo**** Piiiiiiiiiiiiii!

Daí me pergunto: A culpa pra tanto ódio foi realmente minha?
Será que a neurose também anda afligindo os homens?
Se eles são tão mal amados, porque um não vai fazer uma cirurgia de estômago logo e o nerd começa a usar um Roacutan? Porque tanta gordura assim , não quero nem na minhas batatas fritas!!

E fim!

Bom dia amiguinhos! São 10 horas da manhã e sim, eu estou acordada! Depois de uma semana cinzenta, caindo uma chuva que não parava, hoje eu acordo e me deparo com um belo sábado de sol, e, o melhor: Não está tão quente! Quem sabe isso seja a promessa de um bom fim de semana??
Sabadão! Dia de praia para alguns, nunca pra mim, que já não gosto muito de sol e multidão, e muito menos ainda de me sentir um bife à milaneza fritando nas areias causticantes de Ipanema, não! Meu programa de sábado sempre foi o tradicional almoço em família! ( Não pode ser no domingo, porque domingo sempre foi meu tradicional dia de ressaca pós night de sábado a noite!)
Sabe como são esses almoços né? Família reunida em volta de uma mesa farta, crianças correndo pela casa, caindo no chão, quebrando o dente, fazendo escandalo, me chamando de tia Marina. ( abro um pequeno sorriso de lado, enquanto meus pêlos do braço se arrepiam..), as amigas das minhas tias falando de como eu cresci. Minhas tias me perguntando quando é que eu vou finalmente começar um namoro com alguém que preste, que já está mais do que na hora de encarar a vida mais a sério e :" Olha minha filha, não faça como eu, quando você chegar na minha idade, é bom ter um companheiro com quem você possa ir ao teatro, fazer uma viagem, e mesmo simplesmente ter um homem em casa para te proteger dos possiveis ladrões!" E eu perguntando : " sexo depois dos 50 é mito então mesmo né? Porque das necessidades de se ter um homem relatadas por vocês, não tem nada que aponte para o simples fato de que é bom que se tenha um marido após os 50 porque ao menos que você seja uma velha rica e assanhada, tipo |Suzaninha Vieira, os gatões não vão querer saber de ter comer..Ta, entendi tudo tias, ta tudo anotadinho." Resoluções para o próximo ano: Arranjar um marido para eu não morrer sozinha. Como é que eu ainda não tinha colocado essa meta na minha listinha antes? Marido, deve ser mais "fácil" então, se arranjar namorado já é missão quase impossivel, marido então..
Bem, voltando ao almoço em família, já contei que todos os meus primos estão casados e cada um tem 2 filhos? Então, as únicas pessoas que regulam mais ou menos comigo na idade, já vivem em par. Daí eles começam a falar sobre seus casamentos: Aah amor, esses seus almoços de reunião de trabalho demorados, não estão certos, você tem que ficar mais tempo em casa me ajudando com as crianças, nós sentimos a sua falta, você concorda Mari? Levo um susto! Pera pera pera. Elas querem que eu, solteira de carteirinha, presidente do clube das solteiras, dê alguma opinião sobre questões de casamento. Então ta bom! " Aah primas, parem. Deixa eles se divertirem um pouco, arranjem novas amigas, e façam também seus almoços de trabalho!" Pronto. Foi só emitir minha opinião, para ser deixada de lado nos assuntos de casamentos deles, rapidamente. Ponto pra mim! Ufa, alforria!
Quase ia me esquecendo da figura clássica dos almoços em familia. Os amigos na mesma faixa etária dos casados que ainda estão solteiros, ou seja : A mulher na idade da loba, e o homem cinquentão e babão que não para de olhar pras minhas pernas e dizer: Mas nossa, como você cresceu!
Na verdade, já saquei todo o plano dos casados: Juntar esses dois ae de cima, só que a loba quer um homem que não olhe pras pernas de uma ninfetinha ( eu sou a ninfetinha oras, afinal ainda to na casa dos "Inte" , então não sou considerada uma loba, que estão há tempos nas casa dos "Enta"! E que Deus me livre desse mal!), e o homem, quer dizer o "tio suquita", como já disse, não está muito afim de mulher "Enta"!
Enfim, daqui a pouco começo a me arrumar para esse dia fantástico.  Acho que vou de cabelo preso, porque da outra vez fiquei com uma baita dor de cabeça, devido aos inúmeros puxões que levei dos adoraveis filhos dos meus primos. E aah, eu deixei bem claro aqui que já dei bastante furo ao ser indagada sobre alguma questão né? E esqueci de dizer que são todos da igreja, ou seja, aquela cervejinha solta-linguas não rola, então só minha lingua, que está sempre solta, dá mancada e as minhas tias me olham torto e falam entre si : É por isso que essa menina não casa. " Minha querida, você não pode emitir opiniões como essas aos seus futuros pretendentes, veja sua prima, namora com o mesmo cara desde os 15 anos (idade permitida para começar o namoro lá em casa, eu dei uma escapadinha um pouco antes, mas óoh, segredinho nosso..) e casou com ele afinal, ela sempre foi mais caladinha. Opinião se dá quando você já ta com aliança no dedo!" Aí me sinto voltando ao século IXX  e pedindo ao lacaio mais uma dose de xerez!
Almoço findado, beijinhos de despedida, enfim volto pra casa e parto para minha nova missão de sábado: Achar qual é a boa da night!

Cólica, muita cólica..Chuva, muita chuva..E não para, nenhuma das duas coisas, já tomei uma cartela inteira de Advil e nada da dor passar, já choveu, sei lá, o correspondente a um ano de chuva aqui na minha roça, e nada de parar também. To tonta de remédio e com uma melâncolia doida, efeito dos hormônios loucos que habitam no meu corpo.
Fim de ano já ta aí batendo na portinha. E de novo temos que fazer resoluções falidas para o próximo que vem aí. Mas do que adianta, se eu sempre meto os pés pelas mãos? Parar com isso, parar com aquilo, e nada eu cumpro. Acho que resoluções devem servir exatamente pra isso mesmo. Você se sentir uma merda no fim do ano por não ter cumprido nem metade delas..rs!
Bom, mas como sou brasileira, minha listinha de novas resoluções está quase pronta. Na última semana desse ano eu público, imprimo e coloco na porta da geladeira, no mural do quarto, na contra-capa do meu caderno, só pra ela ficar me olhando de todos os lados, e rir da minha cara dizendo: - AAh duvido querida. Você é muito inconstante e maluca para me cumprir! Mas que prazer mais sádico é esse que eu me imponho todos os anos, não é mesmo??!!!rs..
To tão inquieta, minhas pernas não param de se mexerem sozinhas, olho prum lado, olho pro outro, me arrasto do quarto, vou até a geladeira, olho o que tem lá, nada me apetece, vou até a sacada da minha varanda, olho pra fora, o mundo ta cinza e enlameado. Olho o relógio, daqui a pouco tem aula, vou pro computador, checo meus emails, só span, entro no orkut, facebook, nenhuma mensagem pra mim. Aah sim, tem uma: "Linda você!" Não obrigado, passo..Msn, nenhuma janelinha piscando, ninguém que eu queira falar, ou tenha algum assunto relevante de fato. Acendo um cigarro, mais uma das minha resoluções não cumpridas que estará na minha nova lista novamente. Paro, olho o nada..Volto a escrever sobre isso..
Relevem pessoas, eu to com TPM, vai durar uns 5 dias, depois volto ao normal.
Não gosto de mesmisse, esse marasmo me dá nos nervos. Não tenho nada que me alegre, nem nada que me tire o sono, não sofro mas também não sinto. Me esvazio. Bexiga murcha, que não alegra o ambiente e também não estoura de tão cheia.
Viagem. Logo! Chegue logo meio de janeiro, Fortaleza e depois Santa Catarina, de um extremo ao outro, nordeste ao sul, não parar, os dias passarem rápido e serem diferentes, alegres, quem sabe emocionantes, me alegrar de ver o novo, de experimentar o desconhecido, de sair da minha rotina e me perder por ruas que eu não conheço. Não nasci pra viver vendo da minha janela a chuva cair, o dia acinzentar, não sozinha..
Não sozinha..

Numa conversa de bar essa semana:
-"Aii amiga, não sei o que faço, vc sabe que eu tenho aquele namorado há anos, ele é bom pra mim, me ajudou muito naquela fase dificil, mas agora parece que as coisas esfriaram, ele não termina comigo, eu não termino com ele, mas sinto falta da paixão.Aí me apareceu um carinha no trabalho, super carinhoso comigo e que fez acender novamente aquela luzinha dentro de mim, e eu já não to me segurando, acho que vou sair com ele, preciso sentir essa paixão novamente.Sentir que to viva..Eu queria ser assim como você, que nunca vi se descabelando por causa de homem, e consegue ficar bem sozinha!"

Epa epa epa falei, você não lê meu blog? Não vê as neuroses que eu passo por causa desses seres?!rs.. Sabe uma coisa que eu aprendi? A não levar esses papos de sentimento tão a sério, não que eu subestime as coisas do coração, mas aprendi ( a duras penas, tenho que admitir) que nenhuma paixão vale tanto sofrimento. Acho que paixão foi feita pra gente se sentir bem, mesmo que de uma forma angustiada, mas ela deve nos fazer bem, então quando uma paixão nos faz sentir um lixo e você começa a passar por cima do seu amor próprio, é mais que hora de pular fora.
Isso pode parecer discurso pronto e fácil de fazer, mas eu sei que não é. Passei por várias fases na minha vida, até conseguir pela 1° vez ser saudavel em minhas paixões. Antes eu vivia por elas, e só me sentia completa quando tinha alguém a quem dedicar uma música, aí eu sofria muito e fiz coisas dos quais me arrependo horrores (porque também detesto quem fala que nunca se arrepende, eu já me arrependi muito nessa vida, fazer o que..), daí eu fui pro outro extremo, não me permitia apaixonar por ninguém, e isso é sim possivel, é só ser bem escrota com alguém que possivelmente você gostaria logo de inicio, daí a pessoa sumia e eu logo me esquecia. Nessa fase, devo dizer, eu realmente não sofria e também não conseguia entender o sofrimento dos outros e cheguei a achar esse papinho meio piegas, mas dentro de mim, naqueles dias chuvosos, na estréia de um filme que eu queria muito ver, ou no meio de uma festa muito chata, eu me sentia completamente só. Foi aí que eu percebi: Preciso gostar de alguém. Mas tenho que fazer isso de forma sensata, até admito que eu sentia falta de sofrer um pouquinho, sentia falta daquela melâncolia inspiradora.
Então eu achei alguém pra me permitir gostar, e lembro muito bem de uma frase que me disse: "Você não ta fazendo joguinhos né?!"  É, eu não estava mesmo, mas isso não significava que eu tinha me jogado de cabeça ou daquela forma louca que as pessoas geralmente fazem, de achar que aquela pessoa é a the one pra você, e você tem que respirar a pessoa, só pensar na pessoa e achar que não pode viver mais sem ela. Não, eu não fiz isso, esse é o caminho mais rápido pro erro e pro sofrimento doentio. Eu me permiti gostar de uma forma mais calma, porém não menos gostosa, e fiquei muito orgulhosa de mim por ter finalmente conseguido isso.
Não deu certo, mas eu não sofri uma dor lascinante como em outros términos. Não me achei o cocô-do-cavalo-do-bandido, não me senti preterida, não achei que a culpa era toda minha, encarei como fatos da vida, falta de sorte, coisas que acontecem. E o que mais me impressionou, eu me permiti sofrer com parcimônia, porque até o sofrimento é gostoso quando você o coloca em seu devido lugar. Lembro que na época eu falava pros meus amigos: To viva! E entre lágrimas eu dava um sorriso e eles me chamavam de maluca! Eu não enchi o saco dos meus amigos, como a gente costuma fazer quando ta sofrendo erradamente. Eu não me tornei neurótica depreciativa (porque minha neura é meu charme, mas não me deprecia..rs) e, principalmente, eu não me arrependi de nadinha! Até minha esposição foi pensada, precisava viver aquilo, pra me desprender, mas sem me humilhar, continuo achando humilhação brega demais. É coisa de gente fraca de espirito, e essas são as pessoas que mais abomino.
Desde então consegui colocar minha vida em ordem, terminei o que tinha que terminar com Big, porque por mais que agora eu tenha finalmente aprendido o Meio de todas as coisas, que eu sempre busquei, nesse caso, já não dava mais pra consertar e consegui perceber isso. Porque um erro que a gente tende a sempre cometer é tentar consertar as coisas com a mesma pessoa. Isso geralmente é fadado ao erro, e a gente fica insistindo e insistindo e isso só causa mais sofrimento, o mais dificil não é viver sem o outro, e sim aprender a hora de deixá-lo ir embora..De não tentar mais, de não encher o saco do outro com a insistência..E também não pode trapacear nessa parada de deixar ir embora, tipo aquela frase, "eu deixo livre pq se for meu, voltará!" Ledo engâno, não volta não. Ou pode até voltar, mas não fique esperando, não se faça notar por joguinhos ridiculos, "aah estava por acaso passando por aqui justo ao lado da sua casa.." Você sabe que não o enganou, e ele sabe que isso foi uma desculpa. Não force situações, também se por acaso encontrar, não finja que não viu. Mas se você acha que não está preparada para encontrar, evite situações onde isso pode acontecer. Se é pra sofrer, sofra em silêncio, e dimensione seu sofrimento, para que ele não se torne maior do que você mesmo..
Isso aqui ta parecendo texto de auto-ajuda..rs! Mas é sério, funciona, eu aprendi assim, e olha pra quem conhece meu histórico de malfadados relacionamentos e me vê agora, sabe que sim!rs..
E agora vai uma neurose, só pra não perder o espirito desse blog:
To com um problemão. Esqueci umas coisas na casa do falecido e queria ir muito buscar. E não, não foi uma desculpa que usei pra poder voltar lá, antes fosse. Eu realmente esqueci, e agora to nesse dilema, ir ou não buscar? Porque ele provavelmente vai pensar que é desculpa..Ai ai ai!!!! Quando eu conseguir passar uma semana sem ter uma neurose vou ter finalmente evoluido!
XoXo!

Hoje o dia foi agitado. Começou pra mim as 5 horas da manhã, ou seja, eu que nunca consigo dormir cedo, dormi apenas 2 horas. Levantei meio cambaleante, fiz um litro de café, entrei debaixo de uma ducha fria e saí. O povo da minha turma teve Panorama Quilombola na Puc, com apresentação de um professor meu.
Enquanto o povo quilombola falava lá na frente, comecei a visualizar carneirinhos voadores pela sala extemamente confortavel e com um ar condicionado muito querido. Derrepente não entendi  porque, mas o cara do quilombo lá na frente começa a entoar cantigas de ninar do seu povo..Meus olhos vão ficando pesados de uma forma incontrolavel..Puuft! Caí da cadeira!rs..
Fiz a linha que não era comigo, aah essa cadeira quebrada, ops, foi mal, pode continuar a falar.
Saí da sala, bebi mais um litro de café, dei uma andada e voltei pra sala. Aii eu acordei. O quilombola agora estava colérico falando sobre a dívida que nós brasileiros temos para com seu povo:
 -"Nós fomos sequestrados, nos fizeram seus escravos e agora nos é de direito um pedaço de terra."
E eu pensando: Mas eu nunca tive um escravo. Mal tenho uma empregada remunerada.Também não tenho um pedaço de terra. A do jardim do meu terraço conta?
- "O quilombo de Campinho está lá a mais de 150 anos. Temos direito àquela terra!"
Bom, ta certo que não estou na Tijuca a tanto tempo assim, mas pago aluguel há muito tempo também, isso conta como fator de direito à terra?
- " Nós sofremos preconceitos porque além de sermos pobres, também somos negros. Temos direito a terra!"
E os pobres que são brancos? Eles devem recorrer a que grupo étnico pra ter direito a terra?

Como já estava acordadissima depois de 2 litros de café, e talvez por isso, irritada com todo aquele apelo à terra, observei perante o quilombola e os demais presentes que talvez quem sabe, digo, talvez vá saber, o problema de má distribuição de renda e de terra não deva ser visto somente como uma questão de merecimento étnico e retratação social.
Daí o quilombola virou o Michel Jackson (embranqueceu..rs!) e começou a defender o interesse do seu povo. Normal. Ele defende o dele,o índio defende o dele, eu defendo o meu, e tudo acaba em pizza. Brotinho. Porque se pedissem família, ia dar problema na divisão, devido ao que já foi exposto aqui..