Ela era afeita aos rituais. Todas as manhãs acordava com o despertador tocando, olhava pra ele e pedia mais 5 minutinhos de soneca da preguiça.
Por fim levantava e ia pra janela olhar o dia, seus olhos ardiam de acostumar com a claridade já intensa desse alto verão. Café, seu cérebro ordenava.
Água pra ferver, pó no coador, grandes goles d'água enquanto esperava o zumbido da chaleira anunciar que estava pronto.
Então ia pra varanda, pegava os jornais, o café, água e acendia um cigarro.
Ainda em estado de semi-consciência, tentava descobrir se ainda estava sonhando, se aquilo era real, ou se tudo não era assim mesmo, a vida como um estado de realidade compartilhada. Antes do acontecido, ela tinha mais certeza de que aquilo era uma verdade, embora fosse um sonho, mas descobriu agora ser passageiro. Talvez por isso andava dormindo muito ultimamente, vivia em uma letargia e com um cansaço que a paralisava. Sorria mais no sonho, ou era a realidade? Estava difícil definir um do outro.
Então decidiu escolher a realidade que fizesse constante seu sorriso no rosto, embora algumas pessoas não conseguissem compreender que a subjetividade do que é real pra cada um, possa ser definido de acordo com o gosto do freguês. Os mais céticos chamam isso de loucura ou numa linguagem mais técnica, esquizofrenia.
Ela preferia chamar de *meu mundo particular!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
1 comentários:
Gay! Gay! E gay! Acende um cigarro que melhora. :D
Postar um comentário