Andando com um povinho das antigas, me pego na mesa de um bar no Leblon. Grupo grande de amigos, só um ou dois conhecidos, daí reparo no mais ao canto, parece meio distraido, mas ele ria bonito.
Pergunto ao pé do ouvido à um amigo:
- Quem é o distraido no canto?
- Hã? Quem? Aah sim, é amigo de uma amiga de um amigo meu, acho que o nome é G.D.
- E qual é o problema dele? Ele parece que ta rindo de algo mt engraçado que só ele vê
- Aah, não liga, ele é assim mesmo, distraido
Chego em casa e aquele rosto distraido não me sai da cabeça, uso minha arma de detetive preferida [Google] e não é que o encontro em vários lugares?!
Ele faz poesia, ele fez ZÉ [e daí eu me lembro dele] ele fez Puc, ele fez um filme lindo lindo com uns amigos que eu tava procurando a mt tempo, e ele é distraido..Mas distraida fui eu que só fui percebê-lo depois de anos, e o Tablado era ao lado..
Então eu vejo que o que vi nele, foi a mesma distração que me abate..E por distração provavel que não nos encontremos mais..
QUERER
Para zarpar é preciso zarpar:
é preciso isolar do cais à força
o barco, mesmo que não haja tempo
mesmo que não haja mar, é preciso
zarpar para saber o que é zarpar,
é preciso vencer o que não quer
o mar e quer temer o que é perigo
do mar pois dos perigos que há no mar
o perigo maior mora no cais
por isso, quando tudo começar
por pior que o percurso possa ser
o pior já passou pois o pior
era não começar, pois o pior
jeito de naufragar é não parti
G.Duvivier
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